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Médico do Esporte e do Trabalho. Mestre em ergonomia. MBA em Gestão Executiva de Saúde

domingo, 17 de maio de 2009

Prezados Colegas

Vamos iniciar uma fase de postagem mais dinâmica com informações do mercado de saúde e sobre resultados de Gestão em Saúde com retorno expressivo. Estas informações serão retiradas de links informativos de gestão em saúde e postados aqui com a adição de nossa vivência no assunto.
Espero que todos apreciem, e por favor opinem!!!

Vamos começar por uma Operadora que vem se tornando referência no mercado:

Amil tenta preservar margens de lucro
por Cintia Esteves (Gazeta Mercantil)
14/05/2009
A empresa comemora a queda no índice de sinistralidade de 65,7% no 1º trimestre de 2008 para 63,4%, porcentagem registrada no final de março
A operadora de saúde Amil trava uma agressiva batalha para manter suas margens de lucro. A empresa registrou queda no número de beneficiários - 2,3% a menos se comparado com quarto trimestre de 2008 - e atribui este fato ao processo de renegociação dos contratos com custos médicos elevados, além dos cancelamentos ocorridos este ano em função da crise financeira global. "Tínhamos muitas empresas deficitárias, em alguns casos estávamos quase pagando para tê-los como clientes", afirma Edson Godoy Bueno, fundador e presidente do conselho da Amil.

O número de beneficiários corporativos caiu de 1,9 milhão em dezembro de 2008 para 1,8 milhão no final de março deste ano. No fim do primeiro trimestre de 2009, a Amil registrou 3,1 milhões de beneficiários, sendo 59,8% em planos corporativos, 21,5% em individuais e 18,7% em dentais. Já na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, houve um incremento de 9,7% na quantidade de beneficiários.
A companhia comemora a queda no índice de sinistralidade (custo médico) de 65,7% no primeiro trimestre de 2008 para 63,4%, porcentagem registrada no final de março deste ano. "Conseguimos um custo médico menor, mas em compensação registramos despesa administrativa mais alta. Investimos bastante em sistemas de tecnologia da informação", justifica Bueno.
O índice de despesa no primeiro trimestre de 2009 foi de 15,1% contra 14,1% no mesmo período do ano anterior. "Nossa meta é reduzir nossas despesas administrativas em 1,5% até o final do ano", prevê Erwin Kleuser, diretor de relações com investidores da companhia.
O lucro líquido ajustado alcançou R$ 78,8 milhões no primeiro trimestre de 2009, 12,1% menor quando comparado aos R$ 89,6 milhões do primeiro trimestre de 2008. Kleuser afirma que o resultado foi impactado pelas aquisições realizadas pela empresa. No primeiro trimestre foi consolidado o Hospital de Clínicas de Brasília (HBC), adquirido no final do ano passado por R$ 8,5 milhões. Nos últimos 12 meses, cinco hospitais foram agregados à estrutura própria da Amil.


OPINIÃO PrevLine (de Paulo Zétola):
Os resultados de sinistralidade realmente surpreendem visto que a média do mercado de Medicinas de Grupo gira em torno de 70% a 75%. Contudo verifiquei que existe muito questionamento nestes números de ordem contábil, certamente para se poder fazer uma análise mais certeita seria necessário uma análise dos índices de atendimento assistencial, que o Dr Edson Bueno - empresário da saúde de enorme respeito - refere que houve uma redução destes custos, sofrendo impacto na parte administrativa, que não consta no cálculo da sinistralidade.
Existe uma parcela do mercado que refere que os dados apresentados são concernentes a uma estratégia da empresa de fazer aumentar o valor de suas ações na Bolsa, que deste a queda do ano passado, tem tido um crescimento tímido.
Contudo segundo análise dos investidores do Itau, a empresa tem bom potencial para investimento, veja porquê:
Os resultados da Amil no 1T09 vieram bons, e melhores do que os esperados noEBITDA e nas receitas líquidas, com um menor número de associados sendomais do que compensado por uma melhor MLR e menores despesas SG&A. Ainiciativa de saneamento da Amil, através de uma abordagem estrita de renegociaçãocom os clientes menos rentáveis, resultou em uma importante melhora na taxa desinistralidade (MLR), em que pesem algumas pressões sobre os custos (isto é, novoshospitais, taxa de câmbio, risco moral). A MLR ajustada declinou 0,5 p.p. sobre o anoanterior, para 67,8% (contra os nossos 69,0%), revertendo um aumento de 1,5 p.p.registrado no 4T08, em parte devido ao INBR/PEONA. O EBITDA ajustado, calculado pelaAmil, veio em linha, porém 20% acima segundo nossos cálculos (consulte, por favor, osdetalhes abaixo), ou 5% melhor sem considerar o INBR/PEONA. Sendo assim,esperamos uma reação positiva do mercado devido ao eficiente controle decustos no atual cenário desafiador. No que se refere às despesas G&A (gerais e administrativas), continuamos a esperar umamaior diluição no decorrer do ano, com a integração da Amil-Dix, tendo em vista que,neste trimestre, a maior parte da redução de 9% sobre o trimestre anterior se deveu amenores despesas com marketing. Estamos mantendo nossa recomendação deoutperform (desempenho acima da média do setor) para a Amil, com um preço justopara o fim de 2009 de R$12,00/ação.
Ou seja, quem comprou ações a R$7.00 ganhou muito dinheiro!!!
Mas ainda é um bom momento para investimentos pois a aposta é ainda de mais crescimento.

BOA SEMANA A TODOS!!!

domingo, 3 de maio de 2009

O Dia do Trabalho para o Médico do Trabalho

Na comemoração do Dia do Trabalho, que para um Médico do Trabalho é uma data muito representativa pois nos leva a uma reflexão consistente sobre as condições de trabalho e a necessidade de se buscar uma equidade das condições e maior valorização humana.
Infelizmente, ainda hoje temos uma disparidade muito grande entre os grandes centros e grandes empresas, com outras praças e empresas de menor porte, mas pouco tem sido feito para se mudar esta situação.
O Médico do Trabalho é um agente fundamental para colaborar nesta mudança, contudo ainda não se organizou suficientemente para apresentar um resultado mais expressivo e sistemico.
Suas ações ainda são muito pontuais e em determinados nichos onde tem a oportunidade de trabalhar isoladamente ou ainda com o apoio da sua associação, tem promovido melhorias importantes mas pouco difundidas ou valorizadas.

A visão social de nós profissionais ainda é muito unidirecional, focalizada somente no ambiente em que estamos trabalhando, estendendo-se um pouco mais para a sociedade mantemos contato. As fronteiras pouco são rompidas e pouco vizualidas, e sendo desconhecidas certamente caem no esquecimento.
A tendência em geral é de se buscar soluções para problemas de classes que tem como se pagar pelas melhorias e que permitem um maior reconhecimento, mesmo que estes não sejam os problemas da maioria, mas com poder econômico para ser solucionado.
Ainda não encontramos um caminho mais justo, talvez porque não o conhecemos, ou porque não estamos organizados para tal, entretanto eu acredito que se organizada uma mobilização estruturada através de uma associação direcionada para este fim, encontraremos muitos colegas dispostos a participar deste movimento de forma voluntária.

Em anexo no inicial deste texto esta uma foto de um fotógrafo brasileiro extremamente reconhecido - Sebastião Salgado- que editou um livro somente com fotos que fez sobre as condições miseráveis de trabalho pelo mundo, aliás fantástico este e o recomendo a todos, pois através destas fotos, ele fez muito mais que organizações especificamente voltadas para isto pouco fizeram, e na foto apresentada encontramos um trabalhador em dificuldade respiratória devido à inalação do enxofre encontrado no vulcão da Ilha de Java, que ele levas as pedras dentro de uma cesta nas costas durante uma caminhada de mais de 6 km. Esta atividade é tão desgastante que ele tem que descansar por dois dias para poder realizá-la de novo. Triste não!
Bem, para não me estender demais e ser repetitivo, postei um artigo escrito por um colega Ortopedista - Dr Teri Guérios, sobre as doenças músculo esqueléticas provenientes de condições ergonômicas inadequadas de trabalho, atualmente as doenças mais comuns relacionadas ao trabalho e que tenho certeza que será de bom grado`aqueles que se dispuserem a lê-la.
Paulo Zétola

Boa leitura !!

L.E.R ou DORT - Texto do Dr Teri Guérios

Desde os anos 70 se têm relatos de distúrbios músculo-esqueléticos realcionados a atividades de trabalho. Nos anos 80, ficou famosa em toda a literatura médica a chamada “Epidemia da Austrália”, onde grande percentual da população economicamente ativa daquele país padeceu de transtornos músculo-esqueléticos relacionados à profissão, o que consolidou o nome Lesão por Esforço Repetitivo (L.E.R.).
Este diagnóstico com mais de 30 anos, infelizmente ainda é comumente dado a alguns pacientes. Tornou-se um problema de saúde pública e do trbalho na medida em que a L.E.R. é alegadamente “adquirida” no trabalho.
O conceito é oriundo da década de 70/80 do século passado, fruto do não entendimento do porque, em alguns trabalhadores submetidos a esforços de repetição, desenvolviam quadro doloroso no segmento relacionado a este esforço, geralmente os membros superiores. Não se tendo uma explicação detectável, a causa mais óbvia relacionada era que o esforço mecânico imprimido a um determinado segmento de maneira continuada, poderia levar a lesôes tendinosas e/ou musculares e estas cronificariam, se transformando em quadros secundários mais complexos e sintomáticos que o inicial. Ou seja, na falta de conhecimento bioquímico e médico diferente, a explicação mais mecanicista e positivista possível prevaleceu. E pior, imperou, e ainda, em alguns nichos médicos, impera.
Mas o conhecimento melhor da fisiopatologia da dor, do porque que ela cronifica em uns (e até pode evoluir para outras alterações) e em outros, com o mesmo quadro, conseguem a resolução submetidos ao mesmo tratamento, sempre foi motivo que intrigou até os mais ferrenhos crentes na explicação vigente à época. A explicação que se tinha incomodava e gerava uma série de dificuldades médicas e judiciais, principalmente pela alegação da invalidez de determinado trabalhador ser causada por suposta L.E.R. que foi “adquirida” no ambiente de trabalho. Ou seja, a empresa, quem dispunha do trabalho a este empregado era a causadora indireta.
Hoje sabe-se que a cronicidade de um quadro agudo de dor, e sua evolução para uma situação antes chamada de L.E.R., está relacionado muito mais a fatores biológicos e bioquímicos individuais, e às vezes temperado com agravantes, que geralmente pioram a situação, psíquicos e sociais.
De maneira esquemática, pode-se definir os distúrbios esqueléticos que evoluem com a atividade profissional, sempre, como a somatória de uma lesão causada por esforço (por exemplo, uma tendinite de punho), mas que maiormente se resolvem com tratamento. Mas, em um determinado indivíduo, esta lesão inicial NÃO se resolve como nos outros tantos, e mais, pode evoluir com quadros de Distrofia Simpático Reflexa, neurose depressiva, distúrbios gastro-intestinais e do sono (dor crônica levando a disability). E esta evolução é fruto EXCLUSIVAMENTE da constituição individual, visto em outros, submetidos ao mesmo trabalho e acometidos da mesma tendinite (neste exemplo anterior usado) conseguir-se a resolução.
Hoje, o nome mais apropriado a estes quadros seria Síndrome Dolorosa Crônica. Este diagnóstico deve ser entendido como que evoluido em indivíduo predisposto (nem todos os elemento desta predisposição apresentam, ainda, elucidação) submetido a um distúrbio desencadeador, podendo este ser uma tendinite (como no exemplo acima), por exemplo. Mas este desencadeamento ocorreria em qualquer atividade a que este indivíduo em questão se colocasse a realizar no ambiente de trabalho, qualquer tipo de atividade ocupacional braçal. A relação causa-efeito, tão importante para o encaixe no positivismo jurídico, deste quadro como Doença Ocupacional, simplesmente não é possível. Esta impossibilidade se faz sob todo e qualquer prisma em que se avalie, seja ele médico, biológico, social, psíquico, jurídico, etc.

Teri Roberto Guérios
articulare@matrix.com.br
http://www.filosofar-comigo.blogspot.com/

O autor do texto acima não é médico sanitarista ou do trabalho, mas ortopedista e perito da justiça federal de Blumenau.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Dia Mundial da Saúde

COMEMORAÇÃO DO DIA 07/04/2009
O Dia Mundial da Saúde, comemorado hoje, data criada pela OMS, centra-se na segurança das instalações sanitárias e da disponibilidade de trabalhadores de saúde que tratam as pessoas afetadas por situações de emergência.
Este ano, a OMS e os parceiros internacionais estão ressaltando a importância de investir em infra-estrutura sanitária que pode suportar riscos e servir as pessoas em necessidade imediata. Eles também estão solicitando os serviços de saúde para implementar sistemas internos para responder a emergências, como incêndios e garantir a continuidade dos cuidados.
Contudo, a saúde no mundo está merecendo muito mais atenção, com ações efetivas e consistentes que nos levem a um novo modelo de gestão em saúde, com indicadores universais que permitam comparações e ações preventivas em todas as frentes mesmo nos planos privados.
Em anexo disponibilizo aos colegas um video interessante sobre o futuro da medicina e que propiciará aos colegas gestores de saúde um novo horizonte de trabalho.
Saudações a todos!
Paulo Zétola

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Pacto pela Saúde

Acesse video em anexo e entenda o Pacto pela Saúde feito pelo Governo para a gestão em saúde pública. Permite um entendimento do quanto a saúde pública tem avançado na atenção básica à saúde, apresentando inidicadores de saúde e metas para o desenvolvimento e crescimento das condições gerais da população.
Vai demorar uns 15 minutos mas vale!!
Abraços
Paulo Zétola